quarta-feira, 20 de junho de 2012

Quando é hora de arriscar?


Quando se almeja mudanças na carreira, é necessário que o profissional saiba exatamente aonde quer chegar e, para isso, ele deve ter um propósito bem definido.
O esgotamento funcional acontece quando a pessoa percebe que a execução de seu trabalho não está compatível com as suas expectativas. Neste momento é importante avaliar se o lugar em que está permite que seu potencial seja melhor utilizado, e só então deve-se pensar em possíveis mudanças.

Para assumir um novo desafio o profissional deve fazer a preparação e promoção de suas habilidades, estudando o próprio desenvolvimento. Após isso, ele deve saber quais as competências que deverão ser melhoradas para que consiga executar o novo trabalho. Se for lidar com pessoas, por exemplo, deverá desenvolver sua liderança e se for exposto a uma nova tecnologia, deve estar aberto a aprender como lidar com ela.

Segundo Lucas Rezende, especialista em programação neurolinguística do INAp (Instituto de Neurolinguística Aplicada), “ O profissional precisa se sentir bem com isso. As expectativas devem estar alinhadas: ele deve saber como poderá desenvolver as competências necessárias para o novo cargo e se a empresa irá apostar nisso”. Para que a transição da carreira seja feita corretamente é necessário o indivíduo traçar metas de curto, médio e longo prazo dentro da empresa, usando critérios com foco no desenvolvimento pessoal e enriquecendo sua descrição de cargos.

Quando o profissional sente que falta alguma habilidade para ser desenvolvida é fundamental ser autêntico e dialogar, assumir uma responsabilidade e informar para o gestor exatamente o que falta, pois isto abrirá portas para uma decisão em conjunto. Estas atitudes são extremamente positivas e contribuem tanto para o crescimento do profissional, quanto para a empresa, que poderá contar com um colaborador melhor preparado.

Deve-se levar em consideração os ganhos e perdas na tomada de decisões. E, ao tomá-las, é importante que o profissional tenha um plano B para ser acionado a qualquer momento, além de um planejamento financeiro para lidar com possíveis fases de adaptação e conhecimento da nova função.

O momento de mudar

Sentindo-se pronto para o novo desafio, e isso implica autoavaliar-se cuidadosamente, o profissional deve solicitar uma conversa com o líder para evitar fofocas e possíveis desentendimentos, além de explanar os feitos executados e quais serão os ganhos para todos com o incentivo da promoção.

O processo de transição promocional levará em consideração algumas constantes, por exemplo, em uma equipe de vendas é válido avaliar se a empresa perderá o seu melhor vendedor para ganhar um gerente de vendas não tão bom assim, já que as habilidades são diferentes. Também é necessário a empresa realizar feedbacks, com foco em competências, seguido de um mapeamento de habilidades e pontos a desenvolver, para evitar frustrações futuras para ambos.

Caso seja possível realizar esta transição, a organização deve pensar em como preparar adequadamente este profissional. Sempre há gaps a serem preenchidos, mas, o importante é acompanhar e facilitar este processo. Nestes casos um trabalho de coach para prepará-lo pode ser uma boa opção, pois desta forma ele estará capacitado a ter um melhor desempenho, diminuindo o impacto que toda promoção tem.

Caso o profissional sinta uma dificuldade de adaptação ao novo cargo é importante entender que alguns ajustes podem levar mais tempo e serem mais desafiadores e, além disso, focar nos ganhos a médio prazo até que tenha o práxis. Se a dificuldade pode ser sanada, é importante dar o apoio para se adquirir as novas habilidades.

Nenhum comentário: