Quando se almeja mudanças na carreira, é necessário que o
profissional saiba exatamente aonde quer chegar e, para isso, ele deve ter um
propósito bem definido.
O esgotamento funcional acontece quando a pessoa percebe que
a execução de seu trabalho não está compatível com as suas expectativas. Neste
momento é importante avaliar se o lugar em que está permite que seu potencial
seja melhor utilizado, e só então deve-se pensar em possíveis mudanças.
Para assumir um novo desafio o profissional deve fazer a preparação
e promoção de suas habilidades, estudando o próprio desenvolvimento. Após isso,
ele deve saber quais as competências que deverão ser melhoradas para que
consiga executar o novo trabalho. Se for lidar com pessoas, por exemplo, deverá
desenvolver sua liderança e se for exposto a uma nova tecnologia, deve estar
aberto a aprender como lidar com ela.
Segundo Lucas Rezende, especialista em programação
neurolinguística do INAp (Instituto de Neurolinguística Aplicada), “ O
profissional precisa se sentir bem com isso. As expectativas devem estar
alinhadas: ele deve saber como poderá desenvolver as competências necessárias
para o novo cargo e se a empresa irá apostar nisso”. Para que a transição da
carreira seja feita corretamente é necessário o indivíduo traçar metas de
curto, médio e longo prazo dentro da empresa, usando critérios com foco no
desenvolvimento pessoal e enriquecendo sua descrição de cargos.
Quando o profissional sente que falta alguma habilidade para
ser desenvolvida é fundamental ser autêntico e dialogar, assumir uma
responsabilidade e informar para o gestor exatamente o que falta, pois isto
abrirá portas para uma decisão em conjunto. Estas atitudes são extremamente
positivas e contribuem tanto para o crescimento do profissional, quanto para a
empresa, que poderá contar com um colaborador melhor preparado.
Deve-se levar em consideração os ganhos e perdas na tomada
de decisões. E, ao tomá-las, é importante que o profissional tenha um plano B
para ser acionado a qualquer momento, além de um planejamento financeiro para
lidar com possíveis fases de adaptação e conhecimento da nova função.
O momento de mudar
Sentindo-se pronto para o novo desafio, e isso implica
autoavaliar-se cuidadosamente, o profissional deve solicitar uma conversa com o
líder para evitar fofocas e possíveis desentendimentos, além de explanar os
feitos executados e quais serão os ganhos para todos com o incentivo da
promoção.
O processo de transição promocional levará em consideração
algumas constantes, por exemplo, em uma equipe de vendas é válido avaliar se a
empresa perderá o seu melhor vendedor para ganhar um gerente de vendas não tão
bom assim, já que as habilidades são diferentes. Também é necessário a empresa
realizar feedbacks, com foco em competências, seguido de um mapeamento de
habilidades e pontos a desenvolver, para evitar frustrações futuras para ambos.
Caso seja possível realizar esta transição, a organização
deve pensar em como preparar adequadamente este profissional. Sempre há gaps a
serem preenchidos, mas, o importante é acompanhar e facilitar este processo.
Nestes casos um trabalho de coach para prepará-lo pode ser uma boa opção, pois
desta forma ele estará capacitado a ter um melhor desempenho, diminuindo o
impacto que toda promoção tem.
Caso o profissional sinta uma dificuldade de adaptação ao
novo cargo é importante entender que alguns ajustes podem levar mais tempo e
serem mais desafiadores e, além disso, focar nos ganhos a médio prazo até que
tenha o práxis. Se a dificuldade pode ser sanada, é importante dar o apoio para
se adquirir as novas habilidades.
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