terça-feira, 31 de julho de 2012

Uma Analise do Mercado de Trabalho no Brasil


Do Valor Econômico
Os dados do IBGE mostram continuidade da tendência declinante da taxa de desemprego no 1º trimestre deste ano. Em fevereiro a taxa atingiu 5,7%, 0,7 ponto percentual abaixo do verificado em igual período de 2011. Em termos sazonalmente ajustados a taxa de fevereiro não é apenas ligeiramente inferior à de janeiro como a menor de toda a série histórica, iniciada em 2002. O recuo do desemprego não é propriamente algo novo no Brasil. Desde 2003, a tendência tem sido declinante durante a maior parte do tempo. Contudo, a persistência da queda nos meses recentes é algo surpreendente à luz do arrefecimento da atividade econômica em 2011, notadamente na segunda metade do ano. Como em geral o mercado de trabalho reage com certa defasagem ao ciclo econômico, pareceria natural que houvesse alguma reversão da queda do desemprego. Talvez isto ainda ocorra nos meses à frente, mas os números recentes têm sido recebidos, de qualquer forma, com certa surpresa.
Diante disso, alguns analistas tem sugerido que a elevação do desemprego teria sido impedida pela resistência das empresas em demitir. Segundo essas análises, mesmo diante de menores níveis de demanda e ajustando para baixo seus níveis de produção, as firmas teriam optado por não demitir. Isso se justificaria pelos elevados custos de demissão e contratação, em um contexto em que haveria percepção de uma desaceleração apenas temporária da atividade econômica. As empresas prefeririam, então, reduzir as horas trabalhadas (por exemplo, cortando horas extras ou promovendo férias coletivas), mas manter inalterado o seu quadro de funcionários.
Tal hipótese, caso se revelasse correta, teria duas implicações importantes. Em primeiro lugar, o mercado de trabalho estaria menos apertado do que poderíamos supor se considerássemos apenas a taxa de desemprego. Alguns trabalhadores, embora mantendo seu emprego, estariam produzindo menos do que poderiam, por estarem parcialmente ociosos. Caso houvesse uma nova fase de aceleração da demanda, deveríamos esperar que as firmas pudessem elevar seu nível de produção sem que fosse necessário expandir o nível de emprego.
Análise sobre aperto do mercado de trabalho deve ter um conjunto de indicadores, não apenas a taxa de desemprego
Em segundo lugar, argumentam esses analistas, o poder de barganha dos trabalhadores deveria ser função não apenas da taxa de desemprego, mas do grau de ociosidade do mercado de trabalho em termos mais amplos. Por exemplo, trabalhadores que se veem em férias coletivas se sentiriam menos confiantes para reivindicar aumentos salariais do que se estivessem sendo chamados a expandir sua jornada através de horas extras. Nesse sentido, deveríamos esperar que, mesmo com a taxa de desemprego muito baixa, houvesse uma diminuição das pressões salariais.
Estamos de acordo com as duas potenciais implicações da eventual resistência à demissão pelas firmas, à qual chamaremos de hipótese de retenção. Resta avaliar, contudo, se há evidências de que este fenômeno esteja, de fato, acontecendo. Deveríamos esperar, caso houvesse retenção, que o baixo desemprego fosse acompanhado de alguma redução da jornada de trabalho. Contudo, os dados não apontam nessa direção: nos dois primeiros meses deste ano a média das horas habitualmente trabalhadas por semana apresentou, de acordo com o IBGE, ligeira elevação em relação a igual período do ano passado. Ao contrário do que deveríamos supor em um cenário de retenção, não parece haver evidências de que as firmas estejam utilizando seus trabalhadores de forma menos intensa.
Adicionalmente, deveríamos esperar que as firmas, embora resistissem a demitir seus trabalhadores, se mostrassem menos propensas a fazer novas contratações. Afinal, qual seria a razão para incorrer nos elevados custos de contratação se o quadro atual já estivesse com ociosidade anormalmente alta? Ocorre, porém, de acordo com os dados do Caged, que as contratações nos dois primeiros meses deste ano estiveram 1,6% acima do nível verificado em igual período do ano passado. Adicionalmente, os dados do Caged nos mostram as demissões em níveis historicamente também elevados. Vemos, portanto, um quadro em que o nível de emprego cresce em meio a intensa atividade de contratações e demissões, que denota grande dinamismo no mercado de trabalho e não parece ser compatível com um contexto no qual as firmas manteriam seus trabalhadores apenas para evitar os custos elevados de demissão e contratação.
Por fim, a hipótese de retenção deveria ser consistente, como dissemos, com menor poder de barganha dos trabalhadores, e isto deveria se traduzir em desaceleração dos ganhos salariais. Novamente, porém, os dados apontam em sentido oposto. De acordo com o IBGE, o rendimento nominal habitual dos trabalhadores em fevereiro elevou-se 10,3% em relação a igual período do ano passado, e manteve-se em trajetória de aceleração pelo quarto mês consecutivo.
Em suma, estamos de acordo com a visão de que uma análise cuidadosa sobre o grau de aperto do mercado de trabalho deve considerar não apenas a taxa de desemprego, mas um conjunto mais amplo de indicadores. Concordamos também que a hipótese de retenção de trabalhadores tem sentido teórico e implicações potencialmente importantes em termos de política econômica. Contudo, os dados apontam um quadro em que o desemprego nos menores níveis da história se faz acompanhar de elevação da jornada de trabalho, intenso movimento de contratações e demissões e aceleração dos ganhos salariais. Ao analisar um conjunto mais amplo de indicadores, portanto, concluímos que o mercado de trabalho está de fato muito apertado, provavelmente mais do que poderíamos supor se considerássemos apenas a taxa de desemprego em sua mínima histórica.
Alexandre Bassoli e Eduardo Marques são economistas do Opportunity Asset Management.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Segundo especialista em coaching, profissional deve identificar seus objetivos pessoais antes de buscar uma colocação.



Muito se fala da importância de um planejamento estratégico na hora de buscar emprego. Pesquisar informações sobre a empresa, cuidar da aparência, reler o currículo, ser pontual são algumas das principais orientações na conquista da tão almejada colocação. Mas, segundo a especialista em coaching Susana Azevedo, na ânsia por ingressar no mercado de trabalho, os profissionais frequentemente se esquecem de analisar suas próprias pretensões.
“Hoje, além de um bom currículo, para garantir a empregabilidade é preciso um ‘algo a mais’”, diz Susana. A especialista afirma que durante o processo seletivo os recrutadores observam características como autoestima e segurança. “Como um candidato poderá transmitir essas aptidões se não sabe ao menos se a oportunidade corresponde às suas ambições?”, questiona.
Para Susana, antes de se candidatar a vagas de emprego, o profissional precisa analisar quais são os seus objetivos pessoais e profissionais. Segundo ela, é necessário identificar onde você se sente mais confortável - pequena ou grande empresa -, se está disposto a trabalhar por longas horas ou realizar viagens corporativas periodicamente, dentre outros pontos. “As escolhas profissionais devem estar alinhadas aos valores, às necessidades e às metas pessoais.”
Mãos à obra
O próximo passo após a identificação dos objetivos é a seleção das empresas em que você deseja trabalhar, bem como do cargo a ser exercido. Susana aponta que o profissional que sabe o que quer normalmente se destaca nas entrevistas de emprego. “As chances de sucesso na busca são muito maiores, pois ele consegue transmitir segurança e motivação em suas colocações.”

Isso acontece, explica ela, porque a escolha corresponde às necessidades do profissional que, por sua vez, usará sua força e talento para cumprir metas e atingir os objetivos da organização. “Uma vez conquistado o emprego este colaborador produzirá mais e mais rapidamente, já que o seu nível de satisfação e motivação reduzirá o período de adaptação na empresa.”

Segundo a especialista, a probabilidade de o profissional pedir demissão ou ser demitido por questões técnicas ou comportamentais, nesses casos, também é baixa.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Motivação Pessoal




Motivação pessoal é um grande diferencial no trabalho. Muitas vezes, o que separa um profissional bom de outro ruim (ou um excelente de um razoável) não é a universidade que frequentaram, nem as notas que tiveram, nem seu curriculum, mas sim a capacidade de se automotivar.
É evidente que as empresa percebem e sabem deste fato — não é segredo para ninguém. Procuram formas de manter seus funcionários sempre motivados, apresentando desafios adequados, dando incentivos salariais, benefícios, participação nos lucros e promoções. Porém — acontece nas melhores famílias — é comum chegar o dia que o profissional está desmotivado.
Depois de esgotadas as alternativas normalmente usadas pelas empresas citadas anteriormente, se a desmotivação persiste, é hora de agir. É preciso encontrar uma espécie de força interior que nos traga de volta para o patamar usual de motivação. Não podemos deixar a esperança morrer.
Neste quesito, acredito que cada pessoa tem seu próprio arsenal para se motivar. Contudo, é interessante ver ideias novas que costumam funcionar com os outros. Assim, expandimos nossas opções para os momentos de crise.
Relacionei algumas dicas de motivação que já experimentei e tive bons resultados e outras que mantenho disponíveis para quando precisar.
Trace uma meta principal importante. Se você se sente em um beco sem saída, acorda todas as manhãs sem vontade de trabalhar, o que poderia acontecer para que esta realidade mudasse? Trace uma meta ao mesmo tempo realizável e que represente o retorno do seu prazer em trabalhar. Talvez abrir um negócio próprio, mudar de área de atuação, fazer uma nova graduação, ou seja, algo que faça seu coração bater e, exagerando um pouco, seus olhos encherem de lágrimas.
Trace metas parciais menores. É bem provável que sua meta principal não possa ser realizada imediatamente. Se pretende abrir um negócio, precisa fazer o plano de negócio; se deseja mudar de área de atuação, provavelmente fará algum curso na nova área. Determine metas menores que possam ser concretizadas a curto prazo. Isso lhe dará auto-confiança, recobrando um pouco da motivação
Determine recompensas. Nada mais motivador que a sensação de sucesso. Se você consegue um bom resultado em algo que desejava, terá mais forças para buscar a próxima vitória. Determine recompensas pessoais para cada meta parcial atingida. O sentimento de sucesso será reforçado, motivando para novas conquistas.
Use o método do trabalho em tiros. Às vezes estamos numa situação tão extrema de desmotivação que não conseguimos sequer dar o primeiro passo. Ficamos parados (deitado no sofá e acordando meio dia?) e a inércia nos impede de sair desta situação. A técnica de trabalho em tiros é uma grande aliada nessas horas. Ela acaba de vez com a procrastinação em casos extremos.
Determine as próximas ações. Esta etapa do GTD também evita a procrastinação. Claro que não é o mesmo que aplicar a metodologia Getting Things Done por completo, mas em conjunto com o método de trabalho em tiros, facilita a saída da inércia. Determinar as próximas ações é como um guia de primeiros passos pessoais.
Encontre um parceiro. Encontre alguém que lhe motive. Pode ser um colega de trabalho com quem possa conversar ou alguém para desenvolver trabalhos em equipe. É como numa academia de ginástica. Ir sozinho é muito mais difícil do que ir com um amigo.
Converse com sua família. Apoio familiar em horas difíceis de qualquer natureza é crucial. Não seria diferente com motivação. Converse com sua esposa/esposo/pai/mãe/irmão/irmã, peça opinião, fale o que pensa. O sentimento de conforto dará tranquilidade para tomar medidas bem pensadas.
Leia um livro. Esta é uma dica bem ampla, devido à enorme variedade de tipos de livros. Mas é fato que os livros são aliados poderosos. Você pode buscar um livro mais técnico caso queira aprender algo novo; um romance caso queira abstrair; ou um livro de auto-ajuda para procurar mais dicas que lhe tirem desta situação. Meu conselho é: não seja cético. Eu, por exemplo, repudiava livros de auto-ajuda, até o dia que li A Arte da Felicidade, do Dalai Lama. Estava numa fase bem ruim. Apesar de não ser uma pessoa religiosa, li o livro, adorei e aprendi coisas novas. Por sinal, A Arte da Felicidade não é um livro sobre o budismo, mas sim sobre felicidade e bem estar pessoal. Recomendo.

Pratique um esporte. Eu podia dizer “faça terapia”, mas comigo um esporte funciona bem melhor. O resultado é imediato. Quando praticamos esporte, nos sentimos mais dispostos para tudo. Acordar, trabalhar, conversar, interagir e… praticar esportes. Se você é uma pessoa de terapia, também é uma boa opção.

Mude de emprego. O ideal é que não precisemos recorrer a métodos conscientes de motivação pessoal com frequência. Mas, como diz Steve Jobs, se você acorda todas as manhãs pensando que não fará naquele dia o que gostaria de fazer no último dia de sua vida, esta pode ser a melhor opção. Tenha cautela e evite decisões precipitadas. Se estiver determinado, saiba sair do emprego.
Como disse, estas são as dicas que funcionam comigo e algumas que ainda não usei, mas acredito que funcionarão quando necessárias. Aqui não há nenhum embasamento científico, apenas minha opinião pessoal — mas acredito que um arsenal vasto contra a falta de motivação é muito importante.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Marketing Pessoal na Hora de Procurar Emprego


Um momento crítico na vida de qualquer profissional é quando ele está desempregado e precisa procurar com urgência uma recolocação no mercado de trabalho. É nesta hora que o marketing pessoal poderá se tornar fundamental para vencer esta situação de forma satisfatória e rápida.
Existem uma série de ações que poderão ajudar neste empreendimento, todas elas relacionadas a um planejamento estratégico de marketing pessoal. É essencial elaborar um plano contendo as seguintes etapas:
Estudo de suas habilidades naturais, competências técnicas, experiências profissionais e áreas de interesse;
Conhecimento do mercado de trabalho em que estiver inserido, e quais são as empresas que poderiam ter interesse pelo seu trabalho, baseado em suas habilidades e talentos;
Desenvolver um produto pessoal para oferecer a estas empresas, tendo em vista não as suas necessidades, mas as necessidades destas empresas;
Elaborar um plano de venda para o produto (seu trabalho) que irá oferecer a estas organizações;
Preparar-se para possíveis e prováveis entrevistas de emprego, elas serão fundamentais neste processo de recolocação;
Elaborar um cronograma de atividades e executá-lo prontamente.
A seguir vamos analisar mais detalhadamente cada um destes tópicos.
Para elaborar um estudo de suas habilidades e talentos é preciso colocar no papel tudo que possa julgar como virtude pessoal. Liste suas qualidades como: senso de organização; capacidade de comunicação interpessoal; aparência; iniciativa; cursos que realizou; toda sua experiência profissional formal e informal; áreas de interesse como leitura, artes, esportes, etc.
Pense em todo trabalho que realizou nas empresas que passou, e tente descobrir algo que foi excepcionalmente relevante, que recebeu elogios e que tenha sido de grande ajuda naquela empresa. Enfim, relacione tudo, pois estas informações serão a base para que você possa desenvolver o produto ou serviço que irá oferecer ao mercado de trabalho.
O segundo passo é o conhecimento do mercado de trabalho. Inicialmente relacione todas as empresas que trabalhou, e tente imaginar as principais carências destas empresas que não estão sendo satisfeitas, e áreas dentro destas organizações que estão sendo negligenciadas. Posteriormente, descubra se há dentro destas empresas um trabalho relevante que não está sendo desenvolvido de maneira adequada. Relacione e coloque tudo no papel, estas informações são importantes.
É preciso encontrar o trabalho que precisa ser feito
O terceiro passo, após analisar suas aptidões e relacioná-las ao mercado de trabalho, crie algumas soluções para estas empresas, baseando-se em suas habilidades pessoais e profissionais. Descubra as áreas negligenciadas dentro destas empresas, e desenvolva um produto ou serviço para atender as necessidades destas organizações.
Na quarta etapa elabore um currículo e um perfil profissional orientado para vender este produto que você desenvolveu junto ao mercado de trabalho. Destaque tanto no currículo como no seu perfil profissional, o produto ou serviço que tem a oferecer, salientando os benefícios e sua importância para estas empresas.
O seu perfil profissional é uma espécie de biografia. Ela dirá de maneira clara e objetiva, a seu futuro empregador, aquilo que nenhum currículo poderá fazer. Apresentará o trabalho que você realizará, o produto ou serviço que estará vendendo, e sua real capacidade de ser útil a esta empresa.
No quinto passo, prepare-se para as entrevistas, tanto na apresentação pessoal, de acordo com o cargo que pretende exercer, como também na venda do produto e do trabalho que a empresa poderá contratar. Exponha todas as possíveis qualidades de seu produto, os benefícios que eles trarão para quem o contratar, seu conhecimento específico do mercado, da empresa e do serviço a ser realizado. Procure estar seguro, motivado e disposto a iniciar o quanto antes.
A sexta etapa é o momento de ação. Você mesmo terá que sair para vender seu produto. O objetivo é conseguir marcar entrevistas para que possa expor suas ideias e seu produto. Mande currículo e perfil profissional, tanto respondendo a anúncios de empregos, como também para as empresas que poderão precisar de seu trabalho, independente de anúncios. Depois faça contato, ofereça-se para uma entrevista, demonstre que tem interesse em trabalhar nestas empresas, e fale com as pessoas responsáveis pelo setor de contratações.
Com certeza se você realizou um bom trabalho nas etapas anteriores, irá despertar bastante interesse em muitas empresas, e estará abrindo as portas para uma possível contratação. Este é certamente um processo incomum, porém dinâmico e baseado na forma de agir de empresas que procuram promover seus produtos no mercado. Se o profissional agir como uma empresa, oferecendo um bom produto ao mercado e promovendo-o dessa forma, obterá ótimos resultados, assim como uma empresa consegue bons resultados quando promove adequadamente seus produtos e sua marca.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Os Caminho pós-formatura em questão


Assim que pegamos o diploma nos tornamos, com raras e honrosas exceções, psicólogos desempregados. Passamos, em um segundo, de elite intelectual a problema social. Surgem, então, as perguntas: E agora, o que fazer? Que caminho seguir? Há várias opções, mas o essencial é lembrar-se que “para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve”. Reflita bastante, converse com veteranos e profissionais, pese prós e contras de cada caminho e então escolha aquele que lhe parece mais adequado. Com este artigo pretendo discutir os caminhos possíveis para o recém-formado que deseja manter a relação com a psicologia. Falo isso porque o “adeus às armas” (abandono da profissão) é alto. Pesquisas apontam que, voluntária ou involuntariamente, entre 15 e 30% dos psicólogos formados não atuam ou nunca atuaram na profissão. Muitos consideram a psicologia apenas um conhecimento relevante para a vida, outros largam a profissão por motivos pessoais (casamento, filhos, etc), outros não conseguem trabalho, ganham mal ou não se satisfazem com o fazer psicológico e acabam por mudar de área, etc. Enfim, muitos são os motivos para abandonar a psicologia. Àqueles que pretendem resistir até o fim, escrevo este artigo.
Após a formatura alguns optam pelo aprofundamento dos estudos em algum programa de pós-graduação (especialização/ residência ou mestrado). Para seguir este caminho algumas ações são necessárias, principalmente no que se refere à escolha do tema, do orientador e da universidade ou instituto de pesquisa. No caso do mestrado, a elaboração de um pré-projeto de pesquisa é fundamental. Saber inglês também. Para maiores informações sobre esta possibilidade pós-formatura recomendo o livro “Os caminhos para a Pós-Graduação”, de João Vicente Zampieron e Sônia Lúcia Modesto Zamperion (Editora Livraria da Física, 2004).
Outra possibilidade é tentar a sorte no mercado de trabalho. Por esta via há fundamentalmente dois caminhos: tornar-se autônomo ou assalariado. O primeiro caminho está cada vez mais difícil e o mercado extremamente saturado, mas muitos recém-formados optam por ele em função, principalmente, do desejo de atuar na área clínica: uma das poucas situações em que o psicólogo sente-se realmente um Psicólogo, infelizmente. O recém-formado subloca, então, um consultório particular e de cara esbarra em inúmeras dificuldades e reveses: falta de clientes, de experiência, baixo retorno financeiro inicial (e, em vários casos, posterior), etc. É uma luta diária contra a instabilidade da atuação autônoma, mas para quem ama o trabalho clínico, pode valer muito à pena encarar o desafio. Afinal, qual caminho é isento de riscos?
Mantendo em parte esta instabilidade, o segundo caminho - a busca por um emprego - é, atualmente, a melhor possibilidade de inserção do psicólogo no mercado de trabalho. A psicologia torna-se, cada vez mais, uma prática institucionalizada e voltada, predominantemente, para a área organizacional. Por esta via há também dois principais caminhos: o privado e o público.
Com relação ao primeiro algumas dicas preciosas são: elabore um currículo atraente e não-padronizado, o distribua em empresas e consultorias de RH e cadastre-o em sites de emprego (Agencia de emprego etc); fique bastante atento à seção de classificados dos jornais de sua cidade, mas não espere a divulgação de um anúncio, continue distribuindo seu currículo. Muitas empresas só descobrem que precisam de um psicólogo quando um bate à porta. Fique atento também a processos trainee. E, claro, prepare-se para o processo seletivo...
O segundo caminho, o público, é especialmente recomendado para recém-formados sem experiência profissional (normalmente exigida em seleções de empresas privadas) e sem QI (o hiper-disseminado “quem indica”). O concurso público ainda é a forma mais democrática e justa de seleção de candidatos (obviamente há exceções, principalmente na esfera municipal), pois oferece a todos a mesma chance de conseguir uma boa vaga, sem restrições de nível social, etnia, opção sexual, idade e sexo. O que conta é, primordialmente, o mérito na avaliação. Além disso, há a possibilidade de estabilidade profissional (após 3 anos de trabalho), bem como de um bom salário, boas condições de trabalho e um bom plano de carreira, principalmente na esfera federal. A seguir listo uma série de recomendações bem práticas e mastigadinhas que aprendi, por tentativa e erro, durante meu relativamente curto período como “concurseiro profissional”:
1- Informe-se sobre os concursos em andamento e àqueles programados para serem lançados. Algumas opções para isto são: comprar e ler o jornal Folha Dirigida, assinar o site deste mesmo jornal (www.folhadirigida.com.br) e pesquisar na seção Boas Oportunidades, ou então entrar nos sites www.pciconcursos.com.br ou www.redepsi.como.br (nenhum tão completo e prático quanto o da FD). Há também uma comunidade no Orkut denominada Concursos em Psicologia. Vale tudo para se manter atualizado!
2- Escolhido(s) o(s) concurso(s) a ser(em) realizado(s), leia todo o edital. Isto é essencial, pois nele estão todas as informações importantes sobre o concurso: o número de vagas; o vencimento ou remuneração, o período e o preço da taxa de inscrição, a data da prova, o prazo de validade do concurso, o prazo para recursos contra o gabarito e contra o resultado, a matéria da prova, etc. Além disso, é importante observar se o concurso é somente de provas ou de provas e títulos, se exige experiência profissional (hoje, por lei, o máximo que pode ser exigido é 6 meses) e se as vagas estabelecidas são para contratação imediata, contratação temporária ou para cadastro de reserva. OBS: a maioria dos concursos de psicologia (que não tem sido poucos) não tem exigido nem experiência nem titulação. E isto é ótimo!
3- Matricule-se em um curso preparatório (público – CPC ou privado – Logos, BMW, Executivo, etc.) ou, se for muito, mas muito disciplinado mesmo, estude por conta própria. Para a maioria das pessoas aconselho procurar um curso preparatório. Os professores, se bons, fazem toda a diferença na memorização do conteúdo programático e na resolução de eventuais dúvidas. Pesquise bastante antes de se matricular em um destes cursinhos: neste meio há, como em quase tudo na vida, muita propaganda enganosa. Por experiência própria, recomendo o Curso Preparatório para Concursos da Prefeitura de Juiz de Fora, gratuito e com excelentes materiais e professores. Para quem se interessar os telefones do CPC são: 3690-8503/ 8320.
4- Estude com afinco as seguintes matérias (que são aquelas cobradas na maioria dos concursos): português (gramática e interpretação de texto), matemática e raciocínio lógico, atualidades e conhecimentos gerais, informática e noções de direito (constitucional e administrativo, principalmente). É o estudo destas disciplinas que, no final das contas, fará a diferença na classificação ou não em algum concurso. Obviamente não deixe de estudar psicologia, mas invista bastante do seu tempo nas disciplinas acima citadas. E cuidado na hora de comprar as apostilas de estudo: tem muita porcaria no mercado. Outra coisa: faça exercícios, muitos exercícios. Faça principalmente provas de concursos anteriores. É muito importante conhecer o estilo da banca examinadora. Este é, não espalhem, o pulo do gato!
5- Quanto ao estudo de psicologia, programe-o a partir da bibliografia divulgada junto ao edital. Somente se não houver indicação de bibliografia (o que não é incomum) estude a partir dos temas. O fato é que na psicologia não há consenso sobre quase nada: o que um autor defende o outro nega. Portanto, é fundamental conhecer as idéias e posições dos autores especificados na bibliografia oficial. Em qualquer caso, vale a pena, como complemento aos estudos, baixar e fazer provas de psicologia na internet. Tenho várias: para quem se interessar é só me mandar um e-mail. Existem também dois livros com questões reunidas e, no primeiro caso, comentadas: Psicologia – 500 questões com gabarito comentado (Luciana Castro, Ed. Campus) e Psicologia – Coletânea de Provas (Ed. Degrau Cultural). O primeiro pode ser encontrado ou encomendado em livrarias da cidade (Vozes, Liberdade, etc.), enquanto o segundo somente no site da Livraria Dirigida (www.livrariadirigida.com.br).
6- Tenha calma e peça calma a seus pais ou parentes: normalmente leva tempo para passar em um concurso público e conquistar a tão esperada independência financeira. O tempo médio para aprovação no Brasil é de cerca de 2 anos e três meses (mas não se assuste pois esta é a média e sem dúvida existem aqueles que demoram 10 anos como há aqueles que passam de cara). De qualquer forma, vale a pena seguir o mantra dos concurseiros profissionais: não estude para passar, mas sim até passar. Se não pensar assim você só vai se frustrar, pois uma coisa que aprendi é não subestimar a concorrência. A dolorosa verdade é que tem gente estudando a muito mais tempo que você e normalmente são poucas vagas em jogo (ainda mais para a psicologia). Basta portanto, 2, 3, no máximo 5 pessoas melhores que você para que você não passe. E uma recomendação: não vá com muita sede ao pote. Faça todos os concursos que puder, porém dê atenção especial a concursos menos concorridos (e, logicamente menos remunerados), pois, quanto maior o salário prometido maior a concorrência. E quanto maior a concorrência, menores são as suas chances. Não estou lhe menosprezando, acredite, estou sendo realista. Assim, se você quiser ganhar R$5.000 em seu primeiro emprego talvez demore um bom tempo; mas se o salário de R$1.500 (mais comum) lhe é razoável, talvez você passe mais depressa. A verdade é que temos a vida pela frente e este emprego será somente o primeiro degrau de uma longa escada. Tentar chegar ao topo de cara pode lhe render um belo tombo (ou vários).
Em qualquer caso, esteja disposto a mudar de cidade. Em Juiz de Fora, pelo que percebi, há poucas ofertas de emprego para o psicólogo recém-formado, tanto na via privada quanto na pública.
Bem, espero que estas dicas lhes sejam úteis. Narcisicamente, espero também que eu esteja trabalhando quando estas palavras forem lidas. Em junho passei em 2 concursos e estou esperando ser chamado. Assim que puder escrevo contando como é trabalhar como psicólogo. Até mais....

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Seja qual for seu posto de trabalho, seja Ousado


Atualmente ser uma secretária significa ser parte integrante do negócio da empresa. Neste mundo globalizado, a Secretária moderna participa das atividades das organizações, tanto quanto o seu chefe. Como todo profissional, a secretária tem a obrigação de conhecer novas tecnologias, ferramentas gerenciais de organização do tempo, técnicas de bons relacionamentos e, acima de tudo, muita discrição, além de conhecer regras de tratamento a serem usadas nos mais diversos documentos da empresa, dos quais, na grande maioria, passam pela mesa dela, ou melhor, pelo computador de trabalho desta.
Não há a menor possibilidade de se ter em mente que a profissão de secretária, assim como a grande maioria das atividades desenvolvidas no mundo corporativo de hoje, têm as mesmas características de outrora. É bem verdade que aqueles profissionais que ficarem reclamando porque "algumas coisas hoje são muito diferentes do que eram antes" ou "vamos deixar como está para ver como é que fica" necessitam rever urgentemente seus ideais e propósitos de resultado. Desta forma, ou tomarão a iniciativa de mudar, ou serão forçados a mudar. Isto é, ou você muda, ou alguém muda você.
A expectativa é grande, por parte dos “chefes”. A qualificação é necessária em todos os segmentos de uma organização. Atualmente, houve-se a todo o momento, no noticiário, que existem milhares de oportunidades de emprego no país, porém sem a devida qualificação do trabalhador brasileiro. Isto ocorre, mesmo sabendo-se que todos querem o sucesso pessoal e profissional.
Atualmente, é a criatividade e a capacidade de desenvolver-se internamente nas organizações, têm sido buscadas pelos empregadores, pois já se percebe que elas são responsáveis por parte do sucesso de muitos profissionais que já descobriram esta característica pessoal e tiveram a capacidade de associá-la ao lado profissional. Com estas vantagens eles conseguem fazer a diferença entre os outros e conseqüentemente as tornam detentores de receitas de sucesso.
O sucesso é um desejo de qualquer profissional e um direito que quando exercido de forma eficiente, transforma trabalho em resultados eficazes. O profissional precisa Trabalhar para ter este sucesso. Precisa desenvolver novos hábitos. Diferenciar-se. Pensar diferente. Exercer o seu potencial criativo. Questionar todas as situações em que não sejam de acordo com seus princípios e objetivos.
Cabe ainda ao profissional, procurar fazer mais, com cada vez menos. Isto realmente faz a diferença. A pró-atividade vem mostrando caminhos para bons profissionais que, com seus objetivos bem definidos e uma boa dose de ousadia, vêm sendo reconhecidos a cada dia, a cada momento nos seus mais diversos segmentos de atuação.
Por isso, pense diferente, corra um pouco mais, imagine-se sendo parte do negócio da empresa. Seja ousado(a). Acredite. Alguém está vendo que você é capaz.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Crescer Profissionalmente requer Capacitação e Dedicação


Hoje em dia, com o grande número de profissionais que se forma a cada ano, é importante priorizar a qualificação profissional, estando ligados a tendências de mercado e o quê este tem exigido dos trabalhadores, e não só a aquisição de um diploma.

O estudante, ao ingressar num curso superior, deve de imediato buscar sua primeira experiência profissional, pois deixar para o final do curso o levará a encontrar grandes dificuldades.
Ninguém dá emprego para quem não buscou estagiar, mesmo que de forma gratuita, mas com a intenção de adquirir maiores conhecimentos e começar a por em prática os recursos aprendidos na graduação.
Aos poucos, ao fazer um estágio, o estudante vai se qualificando, tendo a oportunidade de pôr em prática toda teoria vista na faculdade, além de passar por novas experiências enquanto profissional.
Outra forma de buscar se destacar no mercado de trabalho é fazer pequenos cursos, paralelos, onde possa reforçar os conceitos universitários, ou mesmo na praticidade de um curso técnico. Para isso, o estudante pode procurar os órgãos que oferecem estágios, que costumam promover cursos gratuitos e de grande qualidade.
Participar dos eventos propostos pela universidade também é uma boa forma de comprovar seu interesse em se tornar um bom profissional. Busque se envolver com as palestras e mini cursos promovidos por sua entidade, cumprir com as famosas horas extras que são exigidas para a formação. Alguns alunos deixam para participar desses eventos somente ao final do curso, ficando com responsabilidades acumuladas, perdendo a oportunidade de reforçar seus conhecimentos e de se envolver com pessoas que possam lhe ajudar durante a carreira estudantil.
Toda experiência é válida e conta como ponto na hora de se avaliar um currículo. Portanto, ao iniciar uma faculdade busque o máximo de conhecimentos possível, pois tudo aquilo que for registrado com diplomas e carga horária a mais, servirá como prova da capacidade, da qualificação do profissional.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Como Planejar sua carreira Profissional


Um bom profissional tem sempre os seus objetivos profissionais bem definidos. Naturalmente que é necessário alguma flexibilidade, mas a "organização de objetivos" é uma excelente ajuda para alcançar as suas metas de carreira. Daremos algumas dicas de como começar a planejar a sua vida profissional. depois, basta por o seu plano de carreira   em prática!
Comece por tomar notas de todos os dados que considerar relevantes para seu plano de carreira, e defina alguns dos tópicos mais relevantes. Só depois de ter uma boa base de idéias em rascunho, deverá começar a avaliar as informações recolhidas.
Reflita sobre os seus objetivos de carreira  e analise que competências suas o vão ajudar a atingir este objetivo. Paralelamente, tome nota dos aspectos que precisa desenvolver.
Pense nas suas experiências profissionais anteriores e veja de que forma pode aproveitar estas vivências na sua atual função. Este "regresso ao passado" deverá ser aproveitado para analisar todos os motivos que o levaram a apostar em determinada empresa, ou, pelo contrário, as razões que o levaram a sair. Poderá anotar também quais as decisões que gostaria de nunca ter tomado, e os motivos pelos quais está arrependido de forma a que não volte a repetir os mesmos erros.

Preocupe-se com os comportamentos/atitudes que influenciam - positiva ou negativamente - o seu desenvolvimento profissional e o seu relacionamento com os outros. Tente avaliar o seu estilo de comunicação, de decisão, administração do tempo, solução de problemas, organização, etc.

Considere a sua situação profissional atual e veja de que forma poderá desenvolver-se. Esta fase é de extrema importância para o desenvolvimento de seu plano de carreira  e serão valiosos os contatos com os seus pares, superiores e subordinados que lhe podem dar outras perspectivas do seu trabalho. Faça uma listagem do que mais lhe agrada na sua atual situação (o ambiente de trabalho, as principais responsabilidades, por exemplo) e do que gostaria que fosse diferente (as tarefas rotineiras, as perspectivas de evolução dentro da empresa, etc.) dando uma pontuação a cada um deste itens por ordem de importância.

Releia o seu plano de carreira. Veja se de há algum ponto que gostaria de alterar ou acrescentar. Não se esqueça que o seu plano deverá acompanhá-lo ao longo da sua vida profissional, pelo que deve ter uma estrutura flexível e adaptar-se a diferentes situações.


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Como tornar permanente seu trabalho temporário?


Com o Brasil saindo da crise antes do que se esperava e o otimismo retornando ao mercado interno, a oferta de empregos temporários para o final de ano deve ser grande. Segundo a Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), 130 mil vagas deverão abrir no comércio em todo o Brasil devido ao aumento no movimento de clientes no Natal e no Ano Novo, um crescimento de 30% em relação ao ano anterior.

Se a intenção é tornar permanente seu trabalho temporário, o primeiro passo é saber escolher a vaga “certa”, orienta Juliana Almeida Dutra, consultora em Gestão de Talentos e diretora da Deep (Desenvolvimento e Envolvimento Estratégico de Pessoas e Clientes).

“Pense no tipo emprego que vai buscar. Alguém que escolheu trabalhar em lojas sazonais - que não funcionam o ano todo -, por exemplo, tem menos chance de permanecer do que alguém que escolheu trabalhar em call center, shopping, lojas de departamentos e serviços complementares. Se você tem opção de escolha entre duas vagas, escolha a que, ao longo do tempo, possa lhe proporcionar um crescimento profissional e dedique-se para mostrar seu talento”.

Segundo Juliana, quatro em cada dez funcionários temporários são contratados depois do Ano Novo. E, apesar de a maioria das vagas se concentrar na indústria e no comércio, o setor de serviços a cada ano registra aumento no número de posições disponíveis.

“Além da melhora na economia, a população brasileira está mais analítica em relação à qualidade do atendimento. O exercício de estratégias de relacionamento e venda consultiva, que antes eram raros por aqui, agora estão ficando cada vez mais freqüentes”, explica a consultora.

Dicas para ajudar você na escolha da vaga adequada

1) Avalie se você se identifica com o trabalho, se gosta da atividade que vai exercer;
2) Cheque se a atividade mantém vagas permanentes durante o ano todo;
3) A empresa atua em uma área na qual há previsão de crescimento em 2010?
4) Você gostaria de fazer aquela atividade por mais tempo do que outras?
5) Você tem um currículo que possibilita participar de um processo seletivo para a vaga temporária em questão tornar-se permanente?
6) Esteja sempre preparado. Cada vez mais o setor de serviços também está disponibilizando vagas para temporários. Nesta área vale a apresentação pessoal, o tato com o cliente, a postura profissional, o conhecimento sobre assuntos gerais que devem embasar e ajudar em argumentos de venda ou de acompanhamento de clientes.

Como transformar um trabalho temporário em uma atividade permanente:

1) Trate o seu trabalho temporário como se ele já fosse permanente;
2) Demonstre interesse pela tarefa;
3) Seja persistente, dê o máximo de si. Mostre que pode agregar valor ao trabalho;
4) Cative os clientes e seja um diferencial para o lugar onde trabalha;
5) Seja pontual e extremamente comprometido (a), não falte ao trabalho;
6) Tenha iniciativa;
7) Entenda profundamente dos produtos, estude sobre a empresa, tenha argumentos ao apresentar a empresa ou seus produtos e serviços ao cliente;
8) Vista-se adequadamente. As roupas devem ser discretas. O uniforme – se for o caso - deve ser utilizado exatamente como foi solicitado. Deve estar limpo e bem passado. Cuidar do uniforme é cuidar da empresa que você está representando. Cabelos limpos, barba feita, brincos e acessórios discretos e em harmonia com a roupa. Cuidado, muito cuidado com a postura profissional;
9) Demonstre maturidade e equilíbrio em situações difíceis;
10) No trato com as pessoas é fundamental utilizar as expressões “por favor”, “muito obrigado”, “com licença” e “bom dia”, seja com clientes, chefes ou colegas de trabalho;
11) Atenção na comunicação de qualidade e no português: as empresas têm valorizado pessoas que saibam construir frases bem feitas;
12) Analise o cliente e leve ao seu superior imediato, ao final de uma semana ou 15 dias, um relatório sobre o comportamento de compra do cliente. Experimente e agregue valor ao seu trabalho consolidando sua opinião em algo que ajude a empresa a crescer e cresça junto;
13) Não fique encostado na parede esperando pelo cliente e nem conversando paralelamente com os colegas de trabalho. Esteja sempre pronto (a) para o atendimento. Estude muito tudo o que deve fazer; tire dúvidas sempre;
14) Tenha um bom relacionamento com seus colegas de trabalho e com sua chefia (respeite seu chefe e tenha nele um apoio para seu crescimento). Não faça parte das “reuniões” de fofocas;
15) Evite intervalos para fumar enquanto trabalha;
16) Seja uma pessoa agradável e bem humorada. Mas cuidado, bem humorado não é aquele que fica rindo alto na empresa. É o profissional discreto, que traz boas contribuições para o dia-a-dia de quem está em volta;
17) Não escolha tarefas, mas transforme a sua tarefa em um exemplo de gestão;
18) Contribua;
19) Não desista nunca.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Entrevista de Emprego


Embora a maioria das entrevistas de emprego siga a mesma estrutura, nunca é demais relembrar algumas regras básicas que podem ajudar a conseguir aquela vaga de emprego tão sonhada. Por isso, fique atento aos tópicos abaixo e garanta o seu sucesso na próxima entrevista. Tome nota:

E eu pergunto: com que roupa eu vou? Ao longo da vida aprendemos que uma pessoa não pode ser medida apenas pela aparência. Porém, você pode não ter a chance de mostrar para o seu futuro empregador que apesar de sua camisa amarrotada você é um excelente profissional. Em uma entrevista de emprego, a aparência é sim muito importante e pode destruir ou aumentar a credibilidade de um profissional. Para as mulheres é importante adotar um modelito que não seja curto, decotado, transparente ou justo demais. Além da roupa, unhas e maquiagem discretas e um salto médio também são detalhes que fazem a diferença. Para os homens, nada como uma barba bem feita e cabelos cortados. Procure se informar se existem exigências quanto aos trajes pois em muitas empresas o jeans pode não ser adequado em uma entrevista.

O primeiro contato
Firmeza. Esta é a impressão que qualquer pessoa precisa transmitir durante um processo seletivo. Apertos de mão "molengas" e postura curvada transmitem uma imagem de insegurança e de falta de dinamismo. O cumprimento é o primeiro contato, por isso tenha um aperto de mão firme, olhe nos olhos e adote uma postura correta.

A hora da verdade
É comum que o entrevistador inicie o processo de seleção pedindo que seus candidatos se apresentem, ou seja, falem um pouco sobre si e o que esperam caso sejam contratados. O ideal é que esta apresentação seja sucinta, pois, se houver a necessidade de explicar mais a fundo sobre algo, certamente o entrevistador irá pedir os detalhes.

Muitas pessoas se enganam em achar que o candidato mais falante será o escolhido. Contar a história da vida inteira, interromper os outros candidatos (e até mesmo o entrevistador) ou tentar aparecer a qualquer custo não é um comportamento adequado. Seja breve nas respostas, diga apenas o que será importante, de forma clara e objetiva. Nunca é demais lembrar que mentir sobre uma característica ou formação profissional em um entrevista está terminantemente proibido.

No mais, estar calmo é essencial. Afinal de contas a voz trêmula, palavras embaralhadas ou outro sintoma provocado pelo nervosismo e ansiedade podem atrapalhar qualquer profissional na hora de uma entrevista. É comum e humano ficar apreensivo, por tanto, fazer uma simulação da entrevista em frente ao espelho ou com um amigo antes do grande dia ajuda muito.

O que fazer depois da entrevista?
Acredito ser educado e útil enviar um e-mail de agradecimento para a empresa ou para a pessoa responsável no dia seguinte a entrevista (independente de ter sido ou não contratado!) . Educado, pois, foi uma oportunidade concedida pela empresa e útil pois isto fará com que você seja lembrado em meio a tantos outros candidatos.

Estas dicas servem para auxiliar tanto aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de participar de um processo seletivo quanto para os profissionais mais experientes que, apesar de ótimos currículos, não conseguem ser contratados após a entrevista. É muito importante, também, que seja feita uma auto-avaliação após as entrevistas, para ver se não estão deixando de lado alguns dos lembretes citados.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Networking: cinco dicas para desenvolvê-lo


O chamado networking continua sendo uma das principais ferramentas para alavancar a carreira profissional. Criar, desenvolver e explorar a rede de contatos e relacionamentos empresarial auxilia bastante na busca de uma nova posição no mercado de trabalho, além de ser uma fonte rica de informações e sugestões sobre a área de atuação do profissional.

Para se ter uma ideia, segundo pesquisa realizada pela Catho Online – Pesquisa dos Executivos 2011– o networking é a maior fonte para conquistar um emprego. Dos 46.067 profissionais respondentes, 59,4% afirmam que a indicação de amigos foi a maneira para estarem em seus empregos atuais.

Conheça algumas dicas para desenvolver um networking eficaz e aumentar as chances de ser indicado para uma oportunidade de emprego:

1.Fontes:
Procurar ex-empregadores, ex-colegas de trabalho, ex-formandos de turma, clientes, fornecedores, concorrentes, membros de associações de classe, amigos e parentes  é o caminho para formar a rede de relacionamentos.

2.Referências:
Pedir um feedback aos seus contatos mais próximos sobre a qualidade de seu currículo e sobre o modo como o está divulgando ajuda a identificar possíveis falhas e tornar a abordagem ainda mais assertiva.

3.Ampliação:
Para cada pessoa que contatar, peça o nome de alguém que possa oferecer sugestões de como encontrar um novo emprego. É indicado dizer que possui interesse em marcar uma reunião para conversar melhor e ouvir suas sugestões.

4.E-mail:
Ao abordar seus contatos por e-mail, tenha atenção especial na elaboração do texto. Procure enviar e-mails individuais e seja direto, destacando seu interesse em retornar ao mercado de trabalho ou conseguir uma nova colocação.

5.Abordagem:
É importante não exagerar na agressividade e “sair pedindo” um emprego, mas sim um conselho, deixando claro sua disponibilidade para novas oportunidades. Dessa forma, as pessoas se esforçarão para ajudar.

Um networking bem feito sempre traz bons resultados, independente do cargo ou área desejados. Manter uma imagem positiva perante ex-colegas de trabalho, de faculdade e até mesmo amigos e parentes pode fazer com que indicações de oportunidades apareçam de onde menos se espera.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

A timidez atrapalha seu desempenho profissional?


Você tem dificuldades de falar em público? Em uma reunião de trabalho fica vermelho a cada vez que tem que emitir sua opinião? Tem acesso de gagueira quando precisa responder ao seu chefe? Provavelmente, a timidez faz parte da sua personalidade!
O frio na barriga, as mãos geladas, as falhas na memória, a voz desaparecendo…a timidez pode se manifestar de diversas maneiras e em diferentes ocasiões. No entanto, em ambientes profissionais, principalmente quando se busca cargos de liderança, é preciso aprender a controlar ou conseguir minimizar essa característica.
Por isso, para evitar que a timidez tenha impactos e consequências negativas na sua vida profissional, separamos algumas dicas:
- Prepare-se: Para diminuir a ansiedade, tente se preparar antes de cada desafio. Ter conhecimento sobre o assunto que irá tratar, o projeto que precisa apresentar ou o problema que deve ser resolvido, o deixará mais seguro para expor ideias, propor soluções e responder questionamentos;
- Procure ajuda profissional: cursos de oratória, teatro, comunicação ou formações extras podem ajudar a superar ou minimizar a timidez;
- Saia do foco: O tímido tem a tendência de achar que todo mundo irá avaliá-lo ou julgá-lo em qualquer situação, independente do que disser. Lembre-se, porém, que as atenções nem sempre estão todas voltadas para você;
- Ouse: Tenha atitudes que você sempre teve resistência em fazer, assuma compromissos, seja mais proativo. Ultrapasse barreiras impostas por você. Mas vá com calma! Aprender a lidar com a timidez exige tempo e consciência dos próprios limites.

No próximo post daremos dicas de como superar sua timidez no trabalho.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Trabalho sob pressão: como lidar


As organizações trabalham em um cenário de redução de custos, mas, ao mesmo tempo, de aumento de produtividade. As equipes, cada vez mais reduzidas, fazem com que um volume grande de atividades seja destinado a um número reduzido de colaboradores. Estes, talvez, sejam os principais fatores que causam o trabalho sob pressão. O trabalho sob pressão acontece por questões de competitividade, desorganização da empresa e a ansiedade dos profissionais em relação ao tempo de entrega de um projeto, por exemplo.

O próprio profissional pode se colocar na posição de trabalhar sob pressão. Muitas vezes a empresa não exige tanto do funcionário, mas ele acaba se cobrando por querer crescimento na organização, evolução na carreira e salários mais altos. O ser humano sem pressão não produz. Claramente, se a empresa não tiver prazos, processos e rotinas, a tendência é que muitos profissionais percam o foco de suas atividades e se percam. Os funcionários de uma companhia não conseguem viver 100% neste ambiente de pressão, porém é necessário estipular metas agressivas para que os objetivos sejam alcançados com eficácia.

A pessoa deve perceber que está trabalhando sob pressão quando as cobranças passam a ser superiores às suas atribuições. O aumento da demanda de trabalho, que transborda na rotina diária, faz com que certas atividades se tornem urgentes sem esta real necessidade. A administração do tempo é fundamental para o sucesso. Às vezes, saber dizer “não” para assumir uma nova tarefa pode ser benéfico para que as ações que já estão em andamento, sejam finalizadas com sucesso.

Por conta da estrutura cada vez mais enxuta das empresas, existe uma jornada de trabalho ou uma série de atividades muito maior do que a capacidade do profissional. A organização é competência essencial e elencar as ações do dia a dia auxilia expressivamente na organização do tempo. O brasileiro tem a fama de procrastinar suas tarefas, deixa as atividades ‘para mais tarde’ e depois não sabe como administrá-las.

Prejuízos

Existe uma linha tênue entre uma cobrança positiva e outra exacerbada. Invariavelmente, onde existe uma situação de exigência muito forte, mesmo que as pessoas sejam bem remuneradas, o índice de “turn over” torna-se alto, o clima organizacional é prejudicado e a organização acaba cultivando profissionais insatisfeitos.

Manter a calma e neutralidade em situações extremas é praticamente impossível. A melhor alternativa é ter a capacidade de absorver a pressão, entender os motivos desta situação e propor soluções para que fique um pouco menor.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Qualificação profissional é garantia de oportunidades no mercado de trabalho



Com o mercado de trabalho cada vez mais competitivo, todo profissional precisa estar preparado para os desafios constantes e com respostas rápidas às necessidades das organizações.




Com o mercado de trabalho cada vez mais competitivo, todo profissional precisa estar preparado para os desafios constantes e com respostas rápidas às necessidades das organizações. É o que alerta o coordenador de cursos da área de Administração e Negócios do Senac Santo André, Airton Rosini.

De acordo com o Rosini, o modelo industrial de divisão de tarefas, no qual cabia às gerências pensar e planejar o trabalho e ao trabalhador apenas executá-las sem pensar, está ultrapassado. "O conhecimento necessário ao exercício de qualquer profissão proporciona ao trabalhador as condições de reflexão, compreensão e desenvolvimento da criatividade", completa. Manter-se atualizado também é essencial para um bom profissional.

"O mercado de trabalho busca os profissionais não apenas os que tenham habilidades técnicas, mas também habilidades humanas e também conceituais. Eles têm que estar alinhados aos objetivos estratégicos da organização em que trabalham", esclarce.

Remuneração
Além do gosto pessoal, muitos futuros profissionais, antes de escolher uma carreira, buscam informações sobre o mercado de trabalho específico daquela área e a média salarial. Para o coordenador do Senac, as atividades que estão em evidência no Brasil e que garantem bons salários são as ligadas ao agronegócio, ramos petrolífero e mineração, engenharia, meio ambiente, construção civil, gestão empresarial, gestão financeira, gestão de pessoas, logística, marketing e vendas.

Já a coordenadora da área de informática e administração da instituição, Silvia Olizzeri Porto, destaca a área de informática. "Se a pessoa tiver uma boa qualificação, seja um curso técnico, certificações ou graduação, vai conseguir ingressar mais rápido no mercado. "No início o salário pode não ser alto, mas geralmente profissionais que atuam na área de informáica, principalmente TI (Tecnologia de Informação), têm boa remuneração", completa.

"A área de TI tem um dos melhores salários porque envolve um investimento muito alto do profissional para se qualificar. Com isso, o retorno financeiro que o funcionário proporciona para a empresa é alto, sendo revertido em um bom salário", esclarece a consultora de Recursos Humanos da Catho, Gláucia Santos.

Maurilio Travensollo, de 49 anos, trabalha há 12 anos com informática. Formado em Administração de Empresas, atua em quatro empresas como Consultor ERP/Logix. "este mercado cresce muito rápido. Não é tão simples conseguir emprego nesta área, pois algumas empresas pedem como requesito básico uma formação técnica especifica, disponivel apenas para algumas classes sociais de melhor poder aquisitivo", conta o consultor.

Já a assistente de departamento pessoal Flávia da Silva optou pelos cursos de auxiliar de administração pessoal, assistente de administração pessoal, administração de recursos humanos e nções de contabilidade para para obter sucesso na carreira profissional. "Fiz todos os cursos do Senac na área de Recursos Humanos e foi a partir disso que me tornei uma profissional qualificada. Em pouco tempo tive um aumento de salário, que duplicou e passei a receber muitos benefícios", afirma.

Para a consultora de RH da Catho, as profissões que serão promissoras para ao futuro são as de TI, telecomunicações, educação e entretenimento (turismo e eventos). As que aprsentam um alto grau de saturação são as relacioadas à comunicação.