Motivação
pessoal é um grande diferencial no trabalho. Muitas vezes, o que separa um
profissional bom de outro ruim (ou um excelente de um razoável) não é a
universidade que frequentaram, nem as notas que tiveram, nem seu curriculum,
mas sim a capacidade de se automotivar.
É evidente
que as empresa percebem e sabem deste fato — não é segredo para ninguém.
Procuram formas de manter seus funcionários sempre motivados, apresentando
desafios adequados, dando incentivos salariais, benefícios, participação nos
lucros e promoções. Porém — acontece nas melhores famílias — é comum chegar o
dia que o profissional está desmotivado.
Depois de
esgotadas as alternativas normalmente usadas pelas empresas citadas
anteriormente, se a desmotivação persiste, é hora de agir. É preciso encontrar
uma espécie de força interior que nos traga de volta para o patamar usual de
motivação. Não podemos deixar a esperança morrer.
Neste
quesito, acredito que cada pessoa tem seu próprio arsenal para se motivar.
Contudo, é interessante ver ideias novas que costumam funcionar com os outros.
Assim, expandimos nossas opções para os momentos de crise.
Relacionei
algumas dicas de motivação que já experimentei e tive bons resultados e outras
que mantenho disponíveis para quando precisar.
Trace uma
meta principal importante. Se você se sente em um beco sem saída, acorda todas
as manhãs sem vontade de trabalhar, o que poderia acontecer para que esta
realidade mudasse? Trace uma meta ao mesmo tempo realizável e que represente o
retorno do seu prazer em trabalhar. Talvez abrir um negócio próprio, mudar de
área de atuação, fazer uma nova graduação, ou seja, algo que faça seu coração
bater e, exagerando um pouco, seus olhos encherem de lágrimas.
Trace metas
parciais menores. É bem provável que sua meta principal não possa ser realizada
imediatamente. Se pretende abrir um negócio, precisa fazer o plano de negócio;
se deseja mudar de área de atuação, provavelmente fará algum curso na nova
área. Determine metas menores que possam ser concretizadas a curto prazo. Isso
lhe dará auto-confiança, recobrando um pouco da motivação
Determine recompensas. Nada mais motivador que a sensação de
sucesso. Se você consegue um bom resultado em algo que desejava, terá mais
forças para buscar a próxima vitória. Determine recompensas pessoais para cada
meta parcial atingida. O sentimento de sucesso será reforçado, motivando para
novas conquistas.
Use o método
do trabalho em tiros. Às vezes estamos numa situação tão extrema de
desmotivação que não conseguimos sequer dar o primeiro passo. Ficamos parados
(deitado no sofá e acordando meio dia?) e a inércia nos impede de sair desta
situação. A técnica de trabalho em tiros é uma grande aliada nessas horas. Ela
acaba de vez com a procrastinação em casos extremos.
Determine as
próximas ações. Esta etapa do GTD também evita a procrastinação. Claro que não
é o mesmo que aplicar a metodologia Getting Things Done por completo, mas em
conjunto com o método de trabalho em tiros, facilita a saída da inércia.
Determinar as próximas ações é como um guia de primeiros passos pessoais.
Encontre um parceiro. Encontre alguém que lhe motive. Pode
ser um colega de trabalho com quem possa conversar ou alguém para desenvolver
trabalhos em equipe. É como numa academia de ginástica. Ir sozinho é muito mais
difícil do que ir com um amigo.
Converse com sua família. Apoio familiar em horas difíceis de
qualquer natureza é crucial. Não seria diferente com motivação. Converse com sua
esposa/esposo/pai/mãe/irmão/irmã, peça opinião, fale o que pensa. O sentimento
de conforto dará tranquilidade para tomar medidas bem pensadas.
Leia um livro. Esta é uma dica bem ampla, devido à
enorme variedade de tipos de livros. Mas é fato que os livros são aliados
poderosos. Você pode buscar um livro mais técnico caso queira aprender algo
novo; um romance caso queira abstrair; ou um livro de auto-ajuda para procurar
mais dicas que lhe tirem desta situação. Meu conselho é: não seja cético. Eu,
por exemplo, repudiava livros de auto-ajuda, até o dia que li A Arte da
Felicidade, do Dalai Lama. Estava numa fase bem ruim. Apesar de não ser uma
pessoa religiosa, li o livro, adorei e aprendi coisas novas. Por sinal, A Arte
da Felicidade não é um livro sobre o budismo, mas sim sobre felicidade e bem
estar pessoal. Recomendo.
Pratique um
esporte. Eu podia dizer “faça terapia”, mas comigo um esporte funciona bem
melhor. O resultado é imediato. Quando praticamos esporte, nos sentimos mais
dispostos para tudo. Acordar, trabalhar, conversar, interagir e… praticar
esportes. Se você é uma pessoa de terapia, também é uma boa opção.
Mude de emprego. O ideal é que não precisemos
recorrer a métodos conscientes de motivação pessoal com frequência. Mas, como
diz Steve Jobs, se você acorda todas as manhãs pensando que não fará naquele
dia o que gostaria de fazer no último dia de sua vida, esta pode ser a melhor
opção. Tenha cautela e evite decisões precipitadas. Se estiver determinado,
saiba sair do emprego.
Como disse,
estas são as dicas que funcionam comigo e algumas que ainda não usei, mas
acredito que funcionarão quando necessárias. Aqui não há nenhum embasamento
científico, apenas minha opinião pessoal — mas acredito que um arsenal vasto
contra a falta de motivação é muito importante.
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